sábado, 14 de agosto de 2010


Levantei da cama como quem lembrou da chaleira de leite no fogão, peguei minha mochila enquanto ela me observava com dificuldade de entender como alguém podia ser tão impulsiva como eu. Saí do quarto, ela no meu encalço. Paramos diante da porta; coloquei a mão na chave e ela disse baixinho - "Você vai mesmo embora? Não quero ficar sem você!" Lembrei da cena final de "E o vento levou" quando Rhett(Clark Gable) desiste de ser humilhado por Scarlett(Vivien Leigh):
"- Querida você é tão infantil. Acha que dizer que lamenta conserta tudo? Tome o meu lenço. Nunca, em nenhuma crise, vi você ter um lenço.
- Rhett, aonde você vai? Por favor, me leve com você!
- Não, cansei de tudo isso.
- Rhett, se você for, para onde eu irei? O que farei?
- Francamente, minha querida, eu não dou a mínima."
Eu a encarei nos olhos e disse pausadamente como se estivesse saboreando cada palavra; apenas a última frase de Rhett, sua fisionomia mudou da tristeza para o desespero em questão de segundos, desespero este que lhe arrancou todas as palavras da boca e a deixou imobilizada enquanto eu abria a porta e partia sem olhar para trás. Foi então que descobri que ser má, às vezes, também era bom.

4 comentários:

  1. Como já te disse... até então um dos melhores!! E concordo cm vc, às vezes ser má, é bom!!!
    Continue a escrever.... Vc faz isso muito bem...
    bjs

    ResponderExcluir
  2. Vc esta certa jovem gafanhoto as vezes ser má pode ser bom. Eu sou adepto dessa teoria !

    To gostando de ver a frequencia !

    bejos

    ResponderExcluir
  3. Meu bem eu me arrependi, quero uma nova chance, desculpe por te abandonar, não sei oq estava fazendo. Foi apenas uma fase, vamos superar isso juntos. Eu ainda te amo e sei que você não me esqueceu, por favor me deixe voltar. Foi então que descobri que pra ser má tem que ser bom, e pra ser bom não pode fraquejar =/

    ResponderExcluir
  4. ai, que fofo, volta pra ele!!!

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir