
Disse que era difícil me encarar nos olhos porque a mentira(que quase me mataria de dor) era tão grande que seria facilmente desmascarada, olhando, então, para todos os lados, menos para mim, disse não me amar e além disso, acrescentou, duramente, que eu a entristecia.
Tudo isso, só porque não suportava o medo de ser abandonada, era covarde, mas eu também sou; o ruim mesmo era acreditar que ela não me amava.
Eu fui embora, aos trancos, mais fui. Não chorei, mas sangrei, não gritei, mas sufoquei, não esperneei, mas deitei e inerte permaneci até que, com a certeza de que não se quer mais sofrer, decidi guardar o presente que fiz para ela no fundo da gaveta do esquecimento de onde as coisas não saem mais, nunca mais.
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